Compliance ganha protagonismo e movimenta discussões em congresso realizado em Joinville

O mercado fala em integridade e o congresso de Joinville mostrou para onde caminha o compliance

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29.09.2025 - 16:41:00 | 4 minutos de leitura

O compliance vem ocupando, cada vez mais, um espaço estratégico dentro das empresas brasileiras. Deixou de ser apenas uma exigência regulatória para se transformar em um verdadeiro diferencial competitivo, capaz de reduzir riscos jurídicos e reputacionais, fortalecer a governança e consolidar a confiança de clientes, investidores e parceiros. Esse movimento foi reforçado recentemente com a realização do 1º Congresso Catarinense de Compliance, em Joinville, que reuniu especialistas, líderes empresariais e profissionais da área para debater tendências, desafios e boas práticas do setor.

Durante o encontro, estiveram em pauta temas que evidenciam a transformação do compliance em um eixo central da gestão corporativa, como as novas regulamentações e exigências legais, a aplicação de tecnologias no monitoramento de riscos, a relevância da cultura organizacional para o sucesso dos programas de integridade e exemplos de empresas que já alcançaram resultados expressivos ao adotar modelos de governança robustos. Mais do que falar em normas e checklists, os debates destacaram que o futuro do compliance está ligado a valores sólidos, processos claros e ao engajamento humano.

As profissionais da Martinelli que acompanharam o congresso compartilharam impressões valiosas. Para Paola Balbel, um dos pontos marcantes foi a constatação de que “o fator humano é elemento central para a implementação de políticas eficazes. Mais do que regras, o sucesso do compliance depende de pessoas engajadas e conscientes”. Ela também destacou o protagonismo crescente das áreas de compliance nas decisões estratégicas das empresas, que deixam de ser coadjuvantes para assumir papel ativo na criação de valor.

Na mesma linha, Adelita Adiers ressaltou que a centralidade do compliance está nas pessoas e que a cultura de integridade ainda representa um desafio. “Depende diretamente das decisões individuais, ou seja, liderar pelo exemplo. Também foram apresentadas novas regulamentações e decretos recentes que reforçam a importância do tema no cenário corporativo, além de pesquisas valiosas que fortalecem nosso trabalho enquanto consultoria”, afirmou.

Já para Carla Israel, o congresso foi um verdadeiro chamado à ação. Ela destacou a importância da adesão das empresas ao Pacto Brasil pela Integridade, promovido pela Controladoria-Geral da União (CGU), como primeiro passo para aquelas que desejam se candidatar ao Selo Pró-Ética, um dos reconhecimentos mais respeitados do país em integridade corporativa. Carla lembrou ainda que o novo ciclo do Selo (2025-2026) inclui critérios ligados à responsabilidade socioambiental e aos direitos humanos, reforçando a tendência global de integração entre compliance e ESG. “Mais do que uma tendência, a integridade corporativa é um diferencial competitivo, um requisito legal e uma base essencial para relações sustentáveis e transparentes entre empresas, governos e sociedade”, destacou.

Para Elaine Holz, um insight relevante foi perceber como a vivência das mulheres em posições de liderança contribui para trazer mais sensibilidade e efetividade às decisões estratégicas. Ela também ressaltou a evolução dos canais de denúncia, que deixam de ser apenas ferramentas de registro para se tornarem instrumentos robustos de cultura organizacional, prevenção e fortalecimento da confiança. “O compliance hoje é estratégico porque deixou de ser apenas um requisito legal e passou a ser um diferencial competitivo. Quando bem estruturado, fortalece a confiança de clientes, investidores e colaboradores, reduz riscos e garante a sustentabilidade do negócio no longo prazo. Ou seja, não é só sobre evitar problemas, mas sobre criar valor e perenidade”, destacou.

Esses relatos confirmam que o compliance deixou de ser apenas um conjunto de normas e procedimentos para se consolidar como parte da estratégia empresarial. Bem aplicado, protege empresas e administradores, mas também impulsiona decisões mais seguras, sustentáveis e alinhadas com os valores organizacionais.

A Martinelli, que há anos atua com consultoria e serviços especializados em compliance, reforça seu compromisso em acompanhar de perto as movimentações do mercado e traduzir essas tendências em soluções concretas para seus clientes. Estar em sintonia com os debates que moldam o futuro da integridade corporativa é, acima de tudo, uma forma de reafirmar a missão de apoiar empresas na construção de programas que não apenas atendam exigências legais, mas que se tornem parte integrante da estratégia e do crescimento sustentável de cada negócio.